Como “DIZER NÃO” sem me sentir culpado? (Um exercício prático)
Gosto muito do conceito que o livro “Um Curso em Milagres” nos ensina sobre a origem da culpa, no livro o conceito de culpa é utilizado de modo diferente do que estamos habituados, que é de sentir-nos culpado por algo que fizemos ou deixamos de fazer. A culpa no livro UCEM está sempre ligada a coisas específicas do nosso passado. Mas essas experiências conscientes de culpa são apenas como o topo de um iceberg. Se vocês pensarem num iceberg, abaixo da superfície do mar está essa massa gigantesca que representaria o que é a culpa. A culpa é realmente a soma total de todas as crenças, experiências e sentimentos negativos que jamais tivemos sobre nós mesmos. Assim, a culpa pode ser qualquer forma de ódio ou rejeição de si mesmo; sentimentos de incompetência, fracasso, vazio, ou a sensação de que há coisas em nós que estão faltando, ou estão perdidas, ou são incompletas. A maior parte dessa culpa é inconsciente; é por isso que a imagem de um iceberg é tão útil. A maior parte das experiências que nos indicariam o quanto nós nos sentimos mal estão abaixo da superfície da nossa mente consciente, o que faz com que sejam virtualmente inacessíveis a nós. E a maior fonte de toda essa culpa é a nossa dualidade e a desconexão espiritual, de outras pessoas e do nosso próprio Ser. Para nós, a culpa sempre exige punição. Uma vez que nos sentimos culpados, acreditamos que temos que ser punidos pelo que fizemos, e é aí que nasce o medo. Todo medo, não importa qual pareça ser a sua causa no mundo, vem da crença de que eu devo ser punido pelo que fiz ou pelo que não fiz. E assim terei medo do que será essa punição.
Continuando com esta imagem do iceberg, gostaria de lhe propor uma prática, uma reflexão.
Mas, antes de fazer a prática, vou te ajudar com um exemplo real de um cliente de coaching que atendi, cujo tópico de desenvolvimento era “colocar limites nas solicitações, aprendendo a dizer não”. Eis na imagem abaixo, as reflexões e conclusões que ele chegou:
Agora, é a sua vez de fazer a prática. Seja sincero! Faça as suas reflexões, respondendo às perguntas abaixo:
- Qual área da sua vida você tem dificuldade em “dizer não”? (familiar, trabalho, afetiva). Pense em uma situação pontual que tenha vivenciado para fazer o exercício e escreva-a.
- Tem alguma pessoa específica que você tem dificuldade em dizer não? (namorada(o), esposa, marido, chefe, colega de trabalho)
- Qual seria o comportamento ideal para você?
- Qual(is) pensamento(s) emergiram quando você , nesta situação, não conseguiu “dizer não” e acabou concordando com a situação/pessoa?
- O que você sentiu negativamente depois de ter este(s) pensamento(s)?
- Qual é a crença limitante (ou o pensamento repetitivo) que você teve? Lembre-se a crença limitante é o pensamento que você acredita ser verdade.
- Com esta dificuldade em “dizer não”, quais são as suas necessidades que ainda não foram preenchidas? Exemplo: poder, controle, segurança, reconhecimento, notoriedade, proteção, amor e respeito.
- Qual a culpa por detrás dos comportamentos? E o principal medo?
Quando trazemos aspectos do inconsciente para o consciente somos capazes de começar a enfrentar as nossas culpas e medos. Podemos descobrir aspectos importantes sobre nós mesmos, e, com esta consciência iniciar o processo de transformação com ações específicas. Ressignificar a maneira de pensar já pode ser um primeiro passo. No caso do meu cliente, ficou assim:
“O fato de eu não atender a todas demandas não quer dizer que eu sou incompetente. Sou aceito e respeitado pelo que sou em não pelo que faço”.”
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Boa sorte!
Abraços
Priscila Godoy
Life Coach