A CORAGEM DE OLHAR PARA SI MESMO E SE TRANSFORMAR
Como Coach de Vida tem sido muito comum pessoas de todas as idades me procurarem com a demanda de não terem um sentido para a vida e viverem uma vida sem foco e clareza. Isto, acaba levando-as ao stress e a insatisfação. A última pesquisa da Organização Mundial da Saúde em 2017 já coloca o Brasil no ranking das pessoas que sofrem de ansiedade e depressão na América Latina e o segundo lugar das Américas, perdendo apenas para os USA, números alarmantes.
Se você está vivendo falta de clareza na vida e sente um “vazio” existencial, saiba que não está sozinho. Mais de 80% das pessoas vivem vidas inconscientes e automáticas, como robôs, fazendo da rotina a sua principal razão de viver.
E o que é o vazio?
Gosto muito do conceito do A.H. Almaas que nos diz que “o vazio é uma parte de nós que ficou perdida, uma parte de nós da qual perdemos a consciência”. E esta parte está relacionada ao nosso melhor EU, as nossas virtudes que a nossa essência possui, mas que foram esquecidas. E, se nos esquecemos das nossas virtudes o foco principal vai para as deficiências. Se eu esqueci do meu próprio valor, passo a viver na deficiência de uma personalidade com baixa autoestima, onde busco no exterior o reconhecimento, a valorização e aprovação.
Somos “craques” em vivermos os nossos desejos e necessidades, quero sucesso, quero um celular novo, quero um novo carro, quero um namorado (a) bonito (a), quero ser elogiado, mas, a presença destes desejos e necessidades nos indicam “espaços vazios”. E então, vivemos uma vida voltada para o exterior e para a matéria e não nos preocupamos com o nosso interior, com o chamado da nossa alma.
Há alguns anos atrás uma revista americana fez um estudo com professores de comportamento humano em universidades famosas dos USA sobre transformação pessoal, e a conclusão que eles chegaram é que a maioria das pessoas não quer abandonar suas ocupações diárias e reservar tempo necessário para o “dever de casa interno”, isto dá muito trabalho, pode ser dolorido, então, melhor ficar do jeito que está. Por isso, continuamos a viver uma vida no “FAZER” e não no “SER”.
E, está tudo certo, cada um de nós está em um nível de consciência, mas há de chegar um momento que se quisermos evoluir e fazer valer a nossa vida nesta existência, teremos que encarar o nosso processo de transformação. E, esse processo só acontece, quando evoluímos em nível de consciência, quando não nos preocupamos mais com que os outros pensam, com a aparência, poder e status. Somente através deste processo poderemos viver com honestidade, transparência, coerência e ação consciente, oferecendo o nosso melhor ao mundo e aprendendo com os nossos defeitos.
Priscila Godoy