A Regra do Reconhecimento
Existe uma regra básica e simples para quem quer ser reconhecido pelas suas ações. E esta regra se divide em três fases:
1- Falar o que vai fazer
2- Fazer o que você falou
3- Falar o que você fez
Toda pessoa que de alguma maneira se sente reconhecida, segue esta fórmula.
Ouço muito dos meus clientes que as pessoas falam muito, mas pouco fazem, situações do tipo: “ ele já me prometeu isso, várias vezes, mas não entregou”, ou “ele só fala, mas na hora de fazer, nada acontece”, “ ele me prometeu ligar até as 18hs para me dar uma posição, mas até agora nada…Às vezes são tantas promessas quebradas que isso acaba gerando um nível de desconfiança entre as pessoas, que passam a não acreditar mais nas palavras.
Algumas pessoas, ficam apenas na fase 1, falam o que vão fazer, mas nunca passam para a fase 2, fazer o que falam. Outras pessoas, até praticam bem as fases 1 e 2 , mas a crença de que não fizeram mais nada do que a obrigação , não as permite exercitarem a fase 3 – falar o que fizeram.
Se você não fala o que fez, como é que o seu líder, ou outra pessoa envolvida na situação, vai saber que você fez? Na minha experiência sinto que a fase 3, é a fase onde as pessoas mais apresentam dificuldades. E aqui grande parte das vezes aparece um aspecto importante : se eu falo das coisas que fiz, o que os outros podem pensar? Que sou arrogante e convencido?
Pois bem, aqui acontece uma confusão entre “arrogância” e “confiança”.
Vivemos em uma cultura onde não é ensinado reconhecer o nosso próprio valor, delegamos isso aos outros, e sempre esperamos que o reconhecimento venha do externo/do outro. Assim, as pessoas que reconhecem o seu próprio valor podem muitas vezes, serem chamadas de arrogantes ou convencidas.
E qual a diferença entre uma pessoa arrogante e uma confiante?
O arrogante, sem que seja solicitado, exibe sempre que possível, qualquer vantagem que tenha. O que faz com que o arrogante se exiba tanto é que em alguma área da sua vida ele se sente tão vulnerável e frágil que mostra comportamentos que precisa compensar. O arrogante precisa desesperadamente de muito reconhecimento, caso contrário, ele perde a sensação de ser uma pessoa de valor, sentindo-se insignificante. Ele se torna como uma planta frágil que balança com qualquer brisa leve. Ou seja, a opinião de qualquer pessoa consegue afetar a pessoa arrogante, e balançá-la. Assim o arrogante torna-se uma pessoa instável!
Por outro lado, o confiante é simplesmente aquele que reconhece o seu valor e vê isso naturalmente, ele não precisa usar o seu valor para se impor a ninguém. O confiante é equilibrado e recebe um elogio com naturalidade.
Mas, e aquelas pessoas que se dizem modestas, e não falam o que fazem? Estas pessoas, tem muita dificuldade em receber um elogio. Elas trazem consigo, algo que podemos chamar de “modéstia distorcida”, que é quando a pessoa acha que se ela falar dos resultados que obteve, vai estar sendo arrogante! A modéstia é considerada uma falta de vaidade, você diz o que faz, não porque quer se vangloriar, mas porque, tem um nível de autoconfiança que te permite ser verdadeiro consigo mesmo!
Se alguém chega para você e diz: Você é uma sumidade na sua área!
Bondade sua! Responde o modesto, ou
Só você é que acha, ou
Não sou não, é impressão sua, ou
Imagina! Você que é o máximo!
Observe que nestas respostas tão comuns, a mensagem é a mesma: Eu não sou o máximo! O modesto não aceita a sua valorização, e joga o poder de volta para o outro. (Você que é o máximo, bondade sua). Ele faz isso de maneira tão automática que nem nota que durante o dia pode repetir este comportamento várias vezes, minimizando os elogios ou não falando dos seus próprios resultados – e isto ocasiona a reclamação de que ninguém o reconhece!
Você consegue ver uma pessoa de sucesso sendo alguém que não se valoriza? Provavelmente não! O sucesso está intimamente ligado à capacidade de reconhecermos o nosso valor em qualquer área da nossa vida, mesmo naquelas que parecem insignificantes.
A sensação de poder do arrogante é artificial, a sensação de poder do confiante é real! Aquele que joga o jogo da modéstia vive na sensação da impotência. Aquele que é confiante vive na sensação de poder próprio.
Deixo a reflexão: Você tem exercitado a Regra do Reconhecimento? Qual tem sido a sua atuação: mais arrogante, mais autoconfiante ou mais modesta?
Forte Abraço,
Fonte: Manual do Sucesso Total – Rhandy Di Stefano
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