QUANDO A SINCRONICIDADE SE TORNA UM PROPÓSITO
QUANDO A SINCRONICIDADE SE TORNA UM PROPÓSITO
William Procter nasceu em Herefordshire, na Inglaterra, em 1801, e trabalhou como aprendiz numa manufatura de velas. Empreendedor nato, começou a vender produtos não perecíveis e abriu uma loja em Londres – somente para ser roubado pouco tempo depois. Com uma dívida enorme, mas com determinação maior ainda, ele e sua mulher emigraram para os EUA em busca de um recomeço. No entanto, a mulher de William adoeceu e morreu pouco tempo após a chegadas deles em Cincinatti.
Com o seu sonho agora distante, William aceitou um emprego em um banco. Rapidamente, contudo, reconheceu uma oportunidade única ao saber que muitas das velas usadas em Cincinatti eram despachadas da Filadélfia a um custo altíssimo. Com seu insight e experiência anterior como aprendiz, decidiu iniciar um negócio no ramo de velas para quitar a sua dívida. Cincinatti era um ótimo lugar para se produzir velas; a gordura e os derivados do óleo estavam amplamente disponíveis em função do grande número de abatedouros da cidade. Pouco tempo depois de iniciar o seu negócio, William Procter casou-se com uma nativa de Cincinatti chamada Olivia Norris.
James Gamble nasceu em Graan, na Irlanda, em 1803, e emigrou para os EUA com sua família em 1819 por conta da depressão generalizada nas Ilhas Britânicas após as Guerras Napoleônicas. Eles estavam se dirigindo a Shawneetown, Illinois, mas James, então com 16 anos, ficou muito doente durante a travessia de barco pelo rio de mesmo nome, por isso sua família resolveu desembarcar em Cincinatti e ali se estabeleceu.
Aos 18 anos, James se tornou aprendiz de um fabricante de sabão, e em 1828 abriu a sua própria loja. Então, casou-se com ninguém menos que Elizabeth Ann Norris, irmã de Olivia.
Alexandre Norris, pai das moças, incentivou o estabelecimento de uma parceria entre os genros. Ambos competiam pelos mesmos derivados dos abatedouros para a produção de sabão e de vela, então, fundaram a PROCTER & GAMBLE.
Agora vem a melhor parte:
Trabalhando incansavelmente, “queimando a vela pelas duas pontas”, o inglês e o irlandês construíram um excelente negócio, e em 1859 já tinham atingido a marca de 1 milhão de dólares em vendas.
Durante a guerra civil, a P&G ganhou contratos com o Exército da União para fornecer velas e sabão, o que ajudou o negócio crescente e expos um número maior de pessoas à qualidade dos produtos P&G.
Em um mundo desigual, envolto em trevas e doença, dois homens ofereciam vela e sabão. Se foi um ato motivado por dinheiro, ou por outro significado, é irrelevante. O simples fato é que para James Gamble e William Procter, cuidar dos negócios implicava um cuidado com o próximo. Além disso, num momento decisivo da guerra, eles encontraram a alquimia do bem – algo que poderia criar uma presença positiva.
“Melhorando a vida, perto de você” – é o propósito da P&G hoje. As marcas da P&G fazem parte da vida das pessoas e fazem com que bilhões de pessoas, literalmente, tenham melhor aparência e sintam-se melhor todos os dias – do livro Propósito de JOEY Reiman.
Interessante como as histórias de William e James se cruzam, após tantas adversidades. Muitas vezes estamos tão centrados em nós mesmos que não prestamos atenção ao nosso entorno, aos “sinais” que a vida nos envia, e, assumimos uma posição de reclamação e queixa de tudo e de todos.
Para um empreendedor ou organização que possuem um propósito claro, não existe “tempo feio”, ele se empodera da sua vida e, a cada situação se coloca em posição de humildade, aprendendo a não controlar nada, a deixar tudo fluir, e a se abrir para receber o melhor.
E você tem prestado atenção aos “sinais” que a vida tem lhe dado? Ou, ainda se encontra em um estado sonâmbulo, vivendo uma vida automática, sem significado?
Boa reflexão!
Abraços
Priscila Godoy